Técnicos administrativos em Educação da UFSM mantêm a greve; categoria é contrária a nova proposta do governo

Fotos: Beto Albert (Diário)

Prestes a completar 100 dias, a greve dos técnicos administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) segue. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (18), durante uma assembleia realizada no auditório Flávio Miguel Schneider, anexo ao prédio 42 do Centro de Ciências Rurais (CCR).

Na presença de mais de 330 servidores, que participaram de forma presencial e online, foi analisada a última proposta divulgada pelo governo federal na Reunião da Mesa Específica e Temporária que aconteceu no dia 11 de junho, em Brasília.

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Votação

A votação ocorreu próximo ao meio-dia e foi dividida em duas partes. No primeiro momento, servidores dos campi de Santa Maria, Frederico Westphalen, Cachoeira do Sul e Palmeira das Missões deliberaram pela manutenção ou não da greve, sendo a maioria a favor de manter a mobilização. O segundo ponto votado foi a proposta do governo, que acabou sendo rejeitada por 173 votos contra 159 favoráveis.

Conforme uma das coordenadoras gerais da Associação dos servidores da Universidade Federal de Santa Maria (Assufsm), Natália San Martin dos Santos, o resultado da assembleia na UFSM deve ser enviada ainda nesta terça-feira para a Federação de Sindicatos de trabalhadores técnico-administrativos em Educação das instituições de ensino superior públicas do Brasil (Fasubra), unindo-se as decisões de outras 67 entidades que estão em greve.

A categoria do TAEs está sempre unida. Hoje, a assembleia estava lotada e foi aprovada a manutenção da greve, porque precisamos fechar um acordo. Também foi rejeitada a proposta do governo. Então, agora, nós enquanto Assufsm, iremos enviar o resultado da assembleia para a Fasubra e vamos esperar pelas outras universidades para manter a negociação com o governo – reforçou.

Greve

A greve dos TAEs iniciou em 14 de março deste ano. Em negociações com o governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a categoria pede por melhores condições de trabalho e carreira, além de reposição salarial.

Após negociações, o governo federal apresentou as seguintes respostas para reivindicações da categoria na última terça-feira (11):

  • Reestruturação de carreira (19 padrões) – verticalização (matriz única) e redução dos interstícios (intervalo de tempo necessário entre etapas da carreira do TAE) de 18 para 12 meses
  • Recomposição salarial – 0% em 2024; 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, com elevação dos steps de 3,9% para 4% em janeiro de 2025 e de 4% para 4,1% em abril de 2026
  • Piso de referência – O piso do nível de classificação E será a referência, com algumas correlações, para a implantação de uma nova matriz em janeiro de 2025, ficando determinado: para o nível A, 36% do piso do E; para o nível B, 40% do piso E; para o nível C, 50% do E; para o nível D, 61% do piso E.
  • Progressões de capacitação – A progressão ocorrerá a cada 5 anos e a correlação indireta do Incentivo à Qualificação (IQ) será extinta
  • Implantação da ‘hora ficta’ para servidores dos hospitais universitários
  • Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) – Será implantado para a carreira do TAE a partir de abril de 2026.

Docentes

As atividades da UFSM também são impactadas pela greve dos docentes, iniciada em 25 de abril. O processo é acompanhado pela Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm). Entre as reivindicações da categoria, estão recomposição salarial e reestruturação dos planos de carreira.

Uma nova assembleia está marcada para a tarde de quarta-feira (19), no auditório Flávio Miguel Schneider. Simultaneamente, devem ser realizadas também reuniões nos campi de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Cachoeira do Sul. Na ocasião, será analisada a proposta apresentada pelo governo federal em reunião no Ministério da Educação (MEC) na última sexta-feira (14), sendo deliberado pelo aceite ou não dos termos acordados. Conforme o presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, até novas decisões, a greve segue.

– Teremos assembleia essa semana. A partir dela, sairá as decisões de Santa Maria sobre a greve – concluiu Pereira.

Conforme a Sedufsm, as respostas de todas as seções sindicais envolvidas devem ser avaliadas pelo Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) até domingo (23).

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